24 de abril de 2014
SADISMO
SADISMO
Porão, corrente, alma irreversível
A roupa vermelha toda rasgada
Algemada no mourão
Já não atendo clemências
As velas invisíveis, sombreiam
Mais do que clareiam
Tenho sadismo na carne
Tem volúpia a fantasia
Cabelos entrelaçados
Não vou contra teus desejos
Me vejo teu dono
Dom, mestre, carrasco
Um pecado essa tua pele
De maça
O seu desespero me seduz
É como o fim da linha
Atravesso oceanos
Na loucura chego a tua
Ascensão
Extremo, universo
Feito de verso
Mas sem poesia
Uma translúcida submissão
Dctor x
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