2 de maio de 2016

ANJO








Havia um poeta no caminho
corria nas ruas, um vulto
não era humano, anjo
Rota , linha, todos os passos
Tudo era tátil,
O cheiro da noite, transbordava
Os sentidos
Seria baunilha, cravo ou chanel
Não, era pele de seda em flor
No coração os lugares se desocupam
Silêncio por fim, e enfim
Intuição, lembrei-me dos castelos
Princesa de alma opaca
Corpo transparente
Rainha dos deuses
Essa tua presença fica
Sem ir
E tudo no meu peito
Se expande
Cai a chuva la fora
E aqui
No ar a fusão dos
Nossos cheiros
A espera de mais vida
E Mesmo que se vá
Ficarás

Dctor